Policiais
federais estiveram, nesta segunda-feira (29/4), na sede do diretório do
PSL em Minas Gerais, onde apreenderam documentos que podem ajudar a esclarecer
as suspeitas de irregularidades eleitorais nas últimas eleições, em 2018.
Apelidada de Operação
Sufrágio Ostentação, a ação é um desdobramento do inquérito instaurado pela
Justiça de Minas Gerais, em fevereiro deste ano, para apurar a suspeita de que
o partido teria usado parte do dinheiro público recebido do Fundo Especial de
Financiamento de Campanha em supostas candidaturas-laranjas.
A Justiça suspeita de fraude
na prestação de contas, na qual o partido alega ter repassado parte dos
recursos para quatro candidatas aos cargos de deputada estadual ou federal.
Para a Polícia Federal, essas prestações não refletem a verdade sobre o gasto
dos recursos.
Na época das eleições de 2018, o diretório estadual era presidido
pelo atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que não é alvo da
operação e já negou, em várias ocasiões, que o PSL tenha utilizado
candidaturas-laranjas.
Em nota divulgada, o ministro
reitera que o partido seguiu rigorosamente o que determina a legislação
eleitoral. Ele afirma que segue à disposição da PF para prestar todas as
informações necessárias, já tendo se colocado à disposição das autoridades.
Antônio afirma confiar no trabalho de apuração “isento, sério e justo”.
“O que vem me atingindo há
cerca de 3 meses é resultado de uma disputa política local, cujos interesses
são prejudicados com minha presença no Ministério do Turismo”, afirma o
ministro, na nota, acrescentando que já entregou ao Ministério Público de Minas
Gerais documentos que, segundo o ministro, revelam as “verdadeiras motivações
das supostas denúncias”. “Sigo confiante de que a verdade prevalecerá.”
Sete mandados judiciais de
busca e apreensão expedidos pela 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte foram
cumpridos nesta segunda-feira (29/4) em cinco cidades mineiras: dois em Belo
Horizonte; dois em Contagem; um em Coronel Fabriciano; um em Ipatinga e um em
Lagoa Santa.
Além de documentos pessoais e do partido apreendidos em endereços
ligados aos alvos da investigação (cujos nomes não foram divulgados), os
policiais federais também apreenderam documentos relativos à produção de
material gráfico de campanhas eleitorais. Aratu Online.
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