Arquidioceses
e dioceses da Igreja Católica no Brasil divulgaram uma lista de medidas preventivas para evitar possíveis contágios do novo
coronavírus durante missas e celebrações.
Entre as recomendações, há cuidados para os fiéis e os
celebrantes das missas. Em nota divulgada pela Confederação Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB), a Pastoral da Saúde destaca que é preciso primeiramente
trabalhar a prevenção e divulgar, o máximo possível, informações importantes
nas cartilhas da saúde sobre o vírus e as formas de contágio.
A CNBB explica que a responsabilidade de indicar as normas é de
cada arquidiocese e diocese, que deve observar a realidade local e fazer suas
recomendações. “Cabe, portanto, aos arcebispos e bispos orientarem seus
sacerdotes, bem como aos fiéis observarem as regras de higiene compatíveis com
o momento.”
Arquidioceses como as de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e João
Pessoal pediram que a comunhão eucarística seja recebida nas mãos pelos fiéis,
em vez de diretamente na boca.
O momento da oração do Pai Nosso, a mais importante do
cristianismo, deve ser realizado sem o contato manual entre os fiéis.
Tradicionalmente, esse é um momento das missas e celebrações em que as pessoas
fazem a oração de mãos dadas.
Outra recomendação é evitar os abraços no momento da “Paz de
Cristo”, substituindo o gesto por uma leve inclinação de cabeça.
Às paróquias sob sua liderança, a Arquidiocese do Rio pede ainda
que haja recipientes de álcool gel acessíveis e que os celebrantes higienizem
bem as mãos.
Dom Roberto Ferreira Paz, bispo referencial da Pastoral da
Saúde, ressalta que é preciso passar as informações com objetividade para
evitar pânico e surtos de irracionalidade.
Com apenas um caso confirmado em São Paulo até a tarde de ontem,
o Brasil não vive um surto da virose. No balanço divulgado ontem pelo
Ministério da Saúde, o país tinha 132 casos suspeitos sob monitoramento.
Para evitar que os números cresçam, o Ministério da Saúde
recomenda cuidados como lavar sempre as mãos com água e sabonete por ao menos
20 segundos, e evitar levar as mãos não higienizadas aos olhos, nariz e,
principalmente, à boca. Na ausência de água e sabonete, álcool em gel é uma
opção para realizar essa higienização.
Superfícies tocadas com frequência também devem ser limpas e
desinfetadas, e utensílios de uso pessoal, como toalhas, copos, talheres e
travesseiros não devem ser compartilhados.
No momento de tossir ou espirrar, é recomendado o uso de um
lenço de papel para cobrir boca e nariz, em vez de usar as mãos. Esse lenço
deve ser descartado após o uso.
O ministério também explica que não há nenhum medicamento, chá,
substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a
infecção pelo novo coronavírus. Agência
Brasil