Dinamarca,
Polônia e Chipre anunciaram que fecharão suas fronteiras a todos os
estrangeiros, elevando a sete o número de países que adotaram o isolamento
extremo como forma de combater a pandemia de coronavírus.
Itália e Eslováquia estão em quarentena, com restrições a
mobilidade mesmo dentro do país, e República Tcheca e Ucrânia já haviam tomado
a medida mais cedo. As medidas acompanham a
expansão da doença pelo continente: a OMS anunciou hoje que é a Europa, e não
mais a Ásia, o epicentro da pandemia global.
A Suíça também endureceu a
passagem na fronteira com a Itália, permitindo a passagem apenas de cidadãos
suíços. A restrição dinamarquesa deve
durar um mês a partir deste sábado, segundo o primeiro-ministro Mette
Frederiksen.
O Exército será responsável pelo patrulhamento, e apenas cidadãos
dinamarqueses poderão passar, além de comida, medicamentos e insumos para a
indústria. A restrição, que vale para
aeroportos, portos, estradas e ferrovias, interrompe o livre trânsito entre os
países da zona Schengen, da qual a Dinamarca é parte.
As regras da Schengen admitem
a implantação temporária de controles em casos excepcionais, como ataques
terroristas, por exemplo. O governo polonês anunciou o
fechamento por dez dias a partir de sábado. Além de proibir a entrada de
estrangeiros, a Polônia determinou que todo cidadão que entrar no país deverá
ficar em quarentena por 14 dias.
Também foram fechados shopping centers,
restaurantes e bares, que poderão fazer vendas pela internet, e eventos de mais
de 50 pessoas, proibidos. Noruega, Malta e Bósnia
decretaram que qualquer pessoa que entre no país terá que ficar em quarentena
por 14 dias, o que também inibe a chegada de estrangeiros. A maioria dos países
suspendeu as aulas em todo o território. Entre os maiores, só o Reino Unido
mantinha nesta sexta (13) as escolas abertas.
ESTADO DE EMERGÊNCIA
O governo espanhol anunciou
estado de emergência de 15 dias, o que permite ao governo limitar a circulação
de pessoas temporariamente. Polônia, República Tcheca, Estônia e Letônia já
haviam feito o mesmo nos últimos dias.
O comunicado foi feito pelo
primeiro-ministro, Pedro Sánchez, em cadeia de TV na manhã desta sexta (13).
"Poderemos mobilizar ao máximo os recursos contra o vírus, mas a vitória
sobre ele depende de cada um de nós. Heroísmo é também lavar as mãos e ficar em
casa, para parar o vírus, com responsabilidade e unidade", disse Sánchez
no pronunciamento.
Foi a segunda vez na história
democrática do país que o estado de emergência foi instaurado. A primeira foi
para encerrar uma greve de controladores aéreos civis, em 2010.
Diferentemente dos estados de
exceção ou de sítio, o de emergência não afeta direitos como liberdade de
manifestação ou de imprensa, mas permite limitar circulação ou permanência de
pessoas e veículos, requisitar bens e serviços temporários, ocupar
temporariamente empresas, impor racionamentos e outras medidas para garantir o
fornecimento de produtos essenciais.
Para ser decretado
oficialmente, o estado de sítio precisa ser aprovado pelo conselho de
ministros. Segundo o jornal espanhol El País, durante o pronunciamento de
Sánchez na TV as estradas ficaram congestionadas com pessoas tentando deixar
Madri antes que a medida passe a valer. Em Madrid, o governo regional
fechou todas as lojas a partir de sábado, com exceção de farmácias e mercados.
Folhapress.
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